Minha tristeza roubou a claridade,
e o dia então não pôde se acender.
É tão escura a noite deserta e fria...
Mas é tão triste o samba e a rua, as horas...
Ouço os cães uivando, lamentosos:
em tudo há pranto, silêncio e lástima.
Eu morro assim, de um modo sereno e triste:
não agonizo, não me contorço, tampouco grito.
Morro mansamente qual lentamente me dissolvesse:
minha'alma não tem lugar para infernos, céus:
apenas se dilui devagar na tristeza escura
e se perde no nada a que bem a tristeza nos sabe levar.
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
Pesquisar este blog
domingo, 1 de dezembro de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O SENTIMENTO SUBLIME
O sentimento sublime que trago em meu meu candente é como se tudo florasse, se a aurora fosse constante e a noite, tão linda de estrelas, ...
-
Vem, mulher, pra mim, que eu te faço Uns versos tão mansinhos e cálidos, Que, mais do que musa, Vênus te sentirás. Vem pra mim por inte...
-
Quero fazer um poema que seja só não-amor. Que não seja canto, mas silêncio; que não seja perdão, mas ódio calado, velado e mudo. Qu...
-
Quero te fazer um poema co’a delicadeza de quem toca harpa, Co’a mansidão de quem dedilha violão. Quero versejar para ti assim como quem t...
Nenhum comentário:
Postar um comentário