Hoje farei apologia ao pecado.
Não ao pecado dos perversos de toda ordem.
Mas ao pecado dos casais espúrios e nascidos de uma bulinagem inesperada e [inconsequente,
Dos lascivos e sensuais sem limites, de Adão e Eva provando do fruto proibido, de
[Dioníso em suas festas licenciosas e Zeus em sua infidelidade peculiar.
O pecado das mais ousadas libertinagens, das mulheres que driblam maridos e se dão a [amantes eventuais ou costumeiros.
O pecado das mais desregradas esbórnias e das mais luxuriosas orgias.
Quero exaltar os devassos de todas as estirpes e os irreverentes de toda natureza, os [amantes desconhecidos que se dão imediatamente após um breve olhar.
Serei prosélito dos sensuais incorrigíveis,
Dos que se amam pelos becos, pelas ruas escuras e os jardins das casas, das
[praças,
[das igrejas, deixando em seu rastro um cheiro inconfundível de
[lubricidade.
Não farei louvações a santos ou a anjos bíblicos, muito menos aos profetas defensores
[da virtude e devoção religiosa:
Quero apenas professar o pecado... o pecado... acima de todas as coisas o pecado: nada, nada além do delicioso pecado.
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