O que faço de mim mesmo,
se fui seu como seus lábios,
s'inda tenho nas narinas
seus aromas de enlevar?
O que faço desta vida?
Fico imóvel sob a chuva?
Rezo à chuva que me leve
Pr'um lugar que ninguém viu?
Tive ganas de apertá-la
e pedir que não se fosse,
mas calei o meu suplício:
Ah(!), quem dera um temporal...
O que faço da existência,
se os momentos que vivemos
são lembranças que perfuram
minha carne devagar?
O que faço dos meus passos,
se fiz planos de concreto,
fiz projetos de utopia:
como fico sem você?
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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quinta-feira, 23 de abril de 2015
terça-feira, 21 de abril de 2015
TORTURANTE LABIRINTO
Quero gritar,
Mas não há grito que me traduza a agonia tamanha.
Quero me contorcer,
Mas não há gesto à altura da dor que me martiriza.
Quero deitar-me no chão da escuridão e permanecer imóvel até que a morte me venha [serena,
Mas ainda assim não conseguirei expressar a lassidão imensa do espírito meu.
Quero chorar de nunca mais secar as lágrimas,
Mas não há pranto que expresse a tristeza profunda
Dos meus olhos de uma desolação mais sem fim.
Sequer posso - quem dera - fugir de mim mesmo.
Meu Deus, mas que torturante labirinto sou eu!
Mas não há grito que me traduza a agonia tamanha.
Quero me contorcer,
Mas não há gesto à altura da dor que me martiriza.
Quero deitar-me no chão da escuridão e permanecer imóvel até que a morte me venha [serena,
Mas ainda assim não conseguirei expressar a lassidão imensa do espírito meu.
Quero chorar de nunca mais secar as lágrimas,
Mas não há pranto que expresse a tristeza profunda
Dos meus olhos de uma desolação mais sem fim.
Sequer posso - quem dera - fugir de mim mesmo.
Meu Deus, mas que torturante labirinto sou eu!
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