O bar, a música, pessoas, gargalhadas.
Passa o homem tristonho, macambúzio,
Qual robô, por entre as mesas álacres.
Lassidão, a dor, fio de lágrima,
O vazio torturante do abandono
E a dor tão perfurante da traição.
Cambaleia o infeliz, embriagado,
Quer sentar como um mendigo na calçada
E chorar entre soluços, convulsões.
Ah, mas que desejo mais soturno
De tombar ali, sem cor nem vida,
Ou de ao menos cantar melancolias,
De correr, sumir, morar no nada.
Ai, o bar é claro e iluminado
E é contudo sombrio e tão escuro.
Tanta gente, conversas pelas mesas
E um deserto e quietude sepulcral.
Toca um samba tão bonito, tão sonoro,
E o silêncio é de à alma torturar.
A alegria toma conta do ambiente,
Mas não toca jamais aquele homem,
Cuja alma se encontra tão distante,
Num lugar onde a vida não tem vez.
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