Sonhei, sim,
sem pudor e sem limite,
ou compromisso co'a razão.
Mas sonhei qual fora louco,
e você me veio à mente,
numa cama de poema,
numa noite à beria-mar.
Sonhei, sim,
e inventei um mundo novo
sem os ódios e as ganâncias,
onde os homens, todos eles
protegiam a natureza,
o planeta e os animais.
Sonhei, sim,
fiz a morte suprimir-se
e a cidade fiz tão bela
e tão clara de alegria
e de paz angelical.
Sonhei, sim,
inventei que minha rua
era em meio a bosques verdes
onde eu via mil sanhaços
a brincar toda manhã.
Sonhei, sim,
fiz os seres se irmanarem
e se amaram sem medidas,
caminhando lado a lado
e fazendo que este mundo
se tornasse o próprio Céu.
2010
Revisto e modificado em 2017
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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domingo, 24 de outubro de 2010
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