Já senti o júbilo dos triunfantes, dos sortudos.
Já amei com a intensidade dos sóis de verão.
Já odiei com a força dos ventos mais devastadores.
Já me desolei no desânimo dos exércitos vencidos.
Já morri tantas vezes e já ressuscitei tantas outras,
Algumas como fênix a renascer subitamente das cinzas,
Outras, lentamente como a formação da vida num planeta.
Já vi o fundo da alma humana e tudo o que nela habita.
Já senti o desencanto como punhalada em minha carne,
Mas, hoje, os meus olhos vêem tudo como é.
Não é possível viver sem amar, e amar é risco de dor,
Mas hoje quero a paz das brisas e campos mais serenos,
Só lamber da vida o sumo doce e paladares mais suaves,
Da maturidade fazer dias de sossego, amor e de delícias.
2010
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