Já senti o júbilo dos triunfantes, dos sortudos.
Já amei com a intensidade dos sóis de verão.
Já odiei com a força dos ventos mais devastadores.
Já me desolei no desânimo dos exércitos vencidos.
Já morri tantas vezes e já ressuscitei tantas outras,
Algumas como fênix a renascer subitamente das cinzas,
Outras, lentamente como a formação da vida num planeta.
Já vi o fundo da alma humana e tudo o que nela habita.
Já senti o desencanto como punhalada em minha carne,
Mas, hoje, os meus olhos vêem tudo como é.
Não é possível viver sem amar, e amar é risco de dor,
Mas hoje quero a paz das brisas e campos mais serenos,
Só lamber da vida o sumo doce e paladares mais suaves,
Da maturidade fazer dias de sossego, amor e de delícias.
2010
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
Pesquisar este blog
domingo, 9 de maio de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O SENTIMENTO SUBLIME
O sentimento sublime que trago em meu meu candente é como se tudo florasse, se a aurora fosse constante e a noite, tão linda de estrelas, ...
-
Vem, mulher, pra mim, que eu te faço Uns versos tão mansinhos e cálidos, Que, mais do que musa, Vênus te sentirás. Vem pra mim por inte...
-
Quero fazer um poema que seja só não-amor. Que não seja canto, mas silêncio; que não seja perdão, mas ódio calado, velado e mudo. Qu...
-
Quero te fazer um poema co’a delicadeza de quem toca harpa, Co’a mansidão de quem dedilha violão. Quero versejar para ti assim como quem t...
Nenhum comentário:
Postar um comentário