Se a noite encontrassse teus olhos
Molhados da tua dor,
Se a brisa da noite secasse tuas lágrimas
Mas não findasse teu pranto,
E a casa te parecesse tão morta,
E a rua, pela janela entrevista,
Te parecesse pejada dos sons mais tristonhos...
De acordes de piano talvez...
Ou de sons de violino que cortassem teu peito
Bem fundo... como te ferindo de morte...
Eu iria à tua casa e, se deixasses,
Te protegeria no calor do meu abraço,
E te olharia fundamdente, e tu verias
Na transparência dos meus olhos minh'alma
Totalmente entregue a ti.
E então tu sentirias o clamor de minha carne,
E nossos corpos se veriam numa amálgama sublime.
A aí a madrugada, miraculosamente,
Pareceria sob o canto das aves matutinas,
E a vida nos seria tão clara, tão leve e tão música,
Qual praça repleta
De gente e de bares, jardins e de sol,
Que quereríamos ambos existir para sempre.
2011
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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domingo, 30 de janeiro de 2011
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