Como abrir as janelas para o mundo,
Se o mundo lá fora se ausentou?
Como abrir as portas para o vento,
Se o vento partiu pro fim do mundo?
Como sair e ver o sol e suas luzes,
Se tudo lá fora é escuridão?
Como atirar-me na vida e sua dança
Se não há dança, nem tampouco existe vida,
E tudo é inerte, calado, tão imóvel,
E o que palpita é nada mais do que a tristeza,
Tão sombria, tão lerda e tão silente
De não permitir à alma mesmo que deseje
A morte, se já d'alma a morte se apossou?
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