Se eu te vir continuar a fugir-me como fazes,
te despirei com meus poemas, como um macho enlouquecido
a te rasgar as roupas íntimas e amarras do desejo.
Te beijarei num doce verbo de luxúria
como se fosse o enamorado mais romântico
a te fazer juras de amor sob o luar.
Decifrarei teus sentimentos em meus cantos,
como se olhasse nos teus olhos e enxergasse
A tua alma tão despida para mim,
Te deixarei corada ao perceber na tua fala
as tuas mais ocultas e quentes sensações
E então farei que me confesses toda a confusão
e todo sentimento que te toca o peito frágil,
tão carente dos afetos enlevantes, inefáveis
de que todo ser vivente necessita qual dos órgãos mais vitais,
E induzirei a que tu fales como se cantasses
as palavras mais bonitas dos amores tão infindos,
tão imensos como arroubos que atravessam anos, vidas,
os milênios, os percalços, as idades, os astrais, as gerações.
2013
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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quinta-feira, 26 de março de 2020
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