sábado, 6 de setembro de 2008

COMO O CARNAVAL

Ah(!), se cantasses tão divina, ardentemente
Como os rouxinóis prenhes de vida...
Se calasses numa mudez tão total e tão profunda,
Que mais parecesses teu retrato...
Ah(!), se chorasses triste, desoladamente
Qual quem perde o tempo, a casa, o chão...
Se sorrisses tão cálida e tão alegremente
Qual criança ante a plena liberdade...
Ah(!), se meu fosse o teu canto, teu silêncio,
O teu pranto, o teu riso e os teus olhos de ternura,
O mundo se faria a eterna, mais eterna alvorada,
A mais bela, doce explosão de música, de cores e de júbilo:
O mundo então seria alegre como o Carnaval.

2003

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