Não me venha a esperança querer acender.
Não venha a alegria das ruas querer me tentar.
Não venha o sorriso da moça tentar me assanhar.
Minha alma é pálida e quase inerte,
Não tem sinais vitais e está envolta num manto de tristeza.
Hoje pela manhã um fio de sol entrou no meu quarto fechado
E tentou inutilmente me lembrar da vida lá fora.
Eu não canto nem me deslumbro, apenas sigo em meu passo
[ arrastado.
A minha alma é que aliás tem o passo arrastado!
E sofre de uma fadiga incurável, sem tamanho.
Meu olhar cansado bate sobre o mundo
E as coisas
Numa desilusão desoladora e tão perversa...
O mundo segue, eu vejo, impassível, tão imóvel,
Como pedra que em si não sente o mar bater.
2012
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
Pesquisar este blog
domingo, 29 de janeiro de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O SENTIMENTO SUBLIME
O sentimento sublime que trago em meu meu candente é como se tudo florasse, se a aurora fosse constante e a noite, tão linda de estrelas, ...
-
Vem, mulher, pra mim, que eu te faço Uns versos tão mansinhos e cálidos, Que, mais do que musa, Vênus te sentirás. Vem pra mim por inte...
-
Quero fazer um poema que seja só não-amor. Que não seja canto, mas silêncio; que não seja perdão, mas ódio calado, velado e mudo. Qu...
-
Quero te fazer um poema co’a delicadeza de quem toca harpa, Co’a mansidão de quem dedilha violão. Quero versejar para ti assim como quem t...
Nenhum comentário:
Postar um comentário