É preciso falar da pureza das relvas e dos campos.
É preciso falar da leveza dos arbustos balançando,
Da poesia dos casais se amando ao luar.
É preciso notar que é simplesmente magnífico
Os gatos a se deleitar do sol de outono
E os cães se espreguiçando de papo pro ar.
É preciso evocar momentos belos do cinema
E os trechos mais tocantes dos romances que já lemos
E as canções mais comoventes que escutamos.
É preciso não nutrir a chã ganância,
Que alimenta as guerras e a miséria.
É preciso não lembrar que a engrenagem
Faz que os homens sejam sempre oponentes
E mister aniquilar um semelhante a cada dia.
É preciso vislumbrar o fim da tarde
Da janela fechada aos sentimentos.
É preciso ser humano como professado pelos místicos,
Não da forma cruel e peculiar do dia-a-dia.
2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário