Vi um filhote de passarinho agonizar
No momento cruel da sua morte.
O passarinho, que eu tentara salvar em vão,
Agonizou de forma tão assustadora,
Apesar da sua pureza e pequenez.
Senti uma frustração quase prostrante
E uma tristeza de nada consolar.
Senti um pavor da morte sem medidas,
Fiquei a pensar sobre a injustiça
Da morte e seus perversos estertores
Nos seres na alvorada da existência.
Lamentei o fim prematuro de jovens e crianças
E também dos inocentes animais.
Matutei sobre o quão perverso é este mundo
E, desolado, fui tocar o dia tão-somente,
Tentando apagar da memória aquela cena
Dilacerante daquele animalzinho perecendo.
2012
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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sábado, 11 de fevereiro de 2012
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