Vida pequena, tão diminuta, tão tediosa...
e esta ânsia de apertar o mundo nos braços
e dele sugar todo o elixir da vida plena e palpitante;
sobeja e fulgurante vida do amor imenso e absoluto a que aspiro.
Esta ânsia de sensações como as emoções pejadas de volúpia
vivenciadas por amantes nas praias escuras, nos becos desertos
e nos quartos impregnados de odores lascivos
de mulheres casadas e entregues a amorosas aventuras.
Esta ânsia de percorrer estradas e chãos incontáveis,
de viver uma emoção ardente a cada instante,
de despir a morena de cabelos derramados sobre um ombro...
de estalar os dedos e me ver rodeado de cachorros inúmeros
de estirpes diversas, cães com pedigree, vira-latas sarnentos, vagabundos.
Ânsia de ver a chuva brotando das serras de vegetação majestosa,
de ouvir cantar o cantor mais melodioso, mais sentido
uma canção singela acompanhada de acordes de violão.
De ver o sol nascer brando e dourar o orvalho gotejado nos jardins.
Esta ânsia que clama por felicidade de saltar aos olhos,
por uma desejo de viver, um apego à vida tão intenso,
que pareça o dos sonhos sonhados nas idades imaturas.
2010
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
Pesquisar este blog
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O SENTIMENTO SUBLIME
O sentimento sublime que trago em meu meu candente é como se tudo florasse, se a aurora fosse constante e a noite, tão linda de estrelas, ...
-
Vem, mulher, pra mim, que eu te faço Uns versos tão mansinhos e cálidos, Que, mais do que musa, Vênus te sentirás. Vem pra mim por inte...
-
Quero fazer um poema que seja só não-amor. Que não seja canto, mas silêncio; que não seja perdão, mas ódio calado, velado e mudo. Qu...
-
Quero te fazer um poema co’a delicadeza de quem toca harpa, Co’a mansidão de quem dedilha violão. Quero versejar para ti assim como quem t...
Nenhum comentário:
Postar um comentário