Não, meu caro amigo,
não seja tão triste,
não fique tão triste,
que a tarde escureça
e que o sol se ponha, que desapareça
lá do firmamento.
Não, meu caro amigo,
não fique tão triste, que a gente padeça,
que tudo pareça
as mais fundas trevas que seus olhos lassos
já puderam ver.
Não, meu caro amigo,
que essa sua alma nunca se enegreça,
e que se arrefeça a tristeza gélida
que lhe oprime o peito
e que o leva ao manso
pranto de menino
órfão, solto ao léu.
2003
Nenhum comentário:
Postar um comentário