Estou cansado da infâmia das pessoas e do mundo ao meu redor:
Vou partir para um recanto remoto, bem distante,
Muito longe da balbúrdia, da ganância e hipocrisia,
Bem a salvo deste sol impiedoso dos infernos,
Sem alcance prá torpeza, a ganância, a iniquidade.
Vou regalar-me dos ventos mansos e frescores deleitantes,
Num lugar de matas verdes e de bosques majestosos,
De cachoeiras e regatos, águas brancas, rios límpidos,
Onde ouvirei as mais sublimes e elevadas melodias
E, mais que tudo, cante a paz numa constância absoluta.
Inspirarei os cheiros bons da atmosfera perfumada,
Farei amor, imune ao tempo e sua fria tirania,
Farei carinho no ventre dos cachorros e dos gatos,
Verei voar os passarinhos mais bonitos, comoventes,
Me esconderei num canto bom da minha mente tão imunda,
E as noites cantarão para mim com a doçura das amantes devotadas,
E os dias terão a pureza de crianças se aquecendo ao sol sereno,
E as nuvens pousarão e enfeitarão as serras imponentes,
E eu me verei tão despojado da maldade e tão liberto das intrigas,
Que, leve, flutuarei entre sublimidades encantadas,
Na inefável paz dos anjos e dos santos, paz do Éden, do Nirvana...
2011
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
Pesquisar este blog
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O SENTIMENTO SUBLIME
O sentimento sublime que trago em meu meu candente é como se tudo florasse, se a aurora fosse constante e a noite, tão linda de estrelas, ...
-
Vem, mulher, pra mim, que eu te faço Uns versos tão mansinhos e cálidos, Que, mais do que musa, Vênus te sentirás. Vem pra mim por inte...
-
Quero fazer um poema que seja só não-amor. Que não seja canto, mas silêncio; que não seja perdão, mas ódio calado, velado e mudo. Qu...
-
Quero te fazer um poema co’a delicadeza de quem toca harpa, Co’a mansidão de quem dedilha violão. Quero versejar para ti assim como quem t...
Nenhum comentário:
Postar um comentário