Lembro Suzana,
Que tocava piano nas tardes
E tinha um olhar inocente
E tão cheio de ânsia e querer.
Tinha o sol morno,
Que transpunha as janelas de vidro,
Rebrilhava no piso da sala,
E Suzana, embevecida, tocava.
Tinha o namoro,
E Suzana abraçava seu moço
E falava de tantos anseios,
Misturando projeto e quimera.
Tinha a noitinha,
E Suzana se enchia de estrelas,
Invocava lirismos noturnos
E dormia na paz dos arcanjos.
Voaram os anos,
E Suzana ficou no passado,
É figura desbotada na mente,
Poesia perdida no tempo.
2011
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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segunda-feira, 15 de agosto de 2011
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