quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A MORENA DO DECOTE

A menina do decote
É um poema dissoluto,
É cantiga de luxúria
Lindamente desvairado.

A morena cor de bronze
Do vestido pequenino
É passista nas escolas,
Pagodeira nos botecos
E se dá nos becos negros,
Nos motéis de baixo preço
Em volúpia incendiada.

A mulher do ar de malícia
Bebe  assim como dois homens,
Nunca sonha, apenas vive,
Nunca chora, mas se alegra
E é a estrela das biroscas,
A princesa das bodegas
E a rainha do sambão.

A mulher exuberante
Faz parar inteira a Lapa,
Faz luzir a madrugada,
Faz sorrir o homem mais triste,
Faz sambar a multidão.

2013


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