Se não fosse o bar,
A mesa, essa mulher e a noite fria,
Que seria, Osvaldo, conta, do teu dia?
Se não fosse a noite,
O bar, essa mulher e a mesa fria,
Quanta tristeza, Osvaldo, tu ruminarias?
Se não fosse a mesa,
O bar, a noite e a mulher fria,
Quanto desejo de morrer tu sentirias?
Se não fosse o porre,
O fumo, o som e tanta orgia,
A tua alma qual bem é tu bem verias.
Se não fosse a dança,
Essa lascívia e as moças libertinas,
Como a ti, meu caro, tu suportarias?
Se não fosse a esbórnia,
Os peitos, coxas, o fetiche, a fantasia,
O quão solitário agora tu te encontrarias?
Se a realidade
Parecesse doce ao teu palato, à tua língua,
Na bandida noite, eu sei, não estarias.
2012
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
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