Se é pra renegar tudo o que é antigo,
Acabe logo com tudo o que é antigo,
Mate seu avô.
Se você tem mais de vinte,
Mate-se também.
Se você é evangélico,
queime sua bíblia.
Se você é paleontólogo,
Destrua os seus fósseis.
Se você é arqueólogo,
Dê um fim nesses resquícios
Que você tem do passado.
É preciso destruir tudo o que é antigo.
Toque fogo nos museus.
Bote abaixo Ouro Preto,
As ruínas da Acrópole,
O Instituto Oswaldo Cruz.,
As pirâmides do Egito...
Mande a História pros infernos,
A cultura pro diabo.
Beethoven, Chopin, Mozart...
Destrua essas velharias.
Destrua os “museus” do Chico,
Da Elis, do Mílton, da Bethânia...
Dê um fim ao que é antigo,
Em tudo aquilo que é antigo,
Em você principalmente,
Pois você cultiva o hábito
Velho, arcaico, ultrapassado
Do desprezo ao que é antigo.
1995
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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domingo, 30 de setembro de 2007
O SENTIMENTO SUBLIME
O sentimento sublime que trago em meu meu candente é como se tudo florasse, se a aurora fosse constante e a noite, tão linda de estrelas, ...
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Vem, mulher, pra mim, que eu te faço Uns versos tão mansinhos e cálidos, Que, mais do que musa, Vênus te sentirás. Vem pra mim por inte...
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Quero fazer um poema que seja só não-amor. Que não seja canto, mas silêncio; que não seja perdão, mas ódio calado, velado e mudo. Qu...
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Quero te fazer um poema co’a delicadeza de quem toca harpa, Co’a mansidão de quem dedilha violão. Quero versejar para ti assim como quem t...