Vivam os rebeldes e os desregrados!
Vivam os irreverentes e os mal-comportados,
Os libertinos, os pornográficos, os anarquistas!
Salve os que chacoteiam os rígidos preceitos,
Os tabus, os protocolos, os preconceitos,
Os que injuriam o poder e a verdade estabelecida!
Deus salve os profanos e os blasfemos,
Os despojados, os “porraloucas”, os liberados!
Abaixo os idiotas metódicos,
Os moralistas e os religiosos!
Abaixo vocês com seus eufemismos cretinos e seu injusto rótulo de pessoas de bem!
Abaixo as autoridades, os políticos, os poderosos,
Os executivos, os gerentes e os chefinhos,
Essa gente que defende a ordem e promove falcatruas, engordando a fome e a miséria
[ reinante no país,
Que engana os simplórios e suga o sangue e o suor de quem trabalha!
Abaixo os cínicos sofistas que rezam, oram, cultuam e que proferem que a pobreza é
[ um desígnio divino que se deve aceitar com resignação!
Abaixo os ridículos defensores da moral, incônscios do seu real significado e que são
[ na verdade mais licenciosos que aqueles que assim denominam!
Abaixo a sociedade com os seus cacoetes repulsivos,
As suas regras enfadonhas e reacionárias!
Vivam aqueles que vocês renegam!
Vivam os malditos! Vivam os malditos!
1994
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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domingo, 30 de setembro de 2007
O SENTIMENTO SUBLIME
O sentimento sublime que trago em meu meu candente é como se tudo florasse, se a aurora fosse constante e a noite, tão linda de estrelas, ...
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Vem, mulher, pra mim, que eu te faço Uns versos tão mansinhos e cálidos, Que, mais do que musa, Vênus te sentirás. Vem pra mim por inte...
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Quero fazer um poema que seja só não-amor. Que não seja canto, mas silêncio; que não seja perdão, mas ódio calado, velado e mudo. Qu...
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Quero te fazer um poema co’a delicadeza de quem toca harpa, Co’a mansidão de quem dedilha violão. Quero versejar para ti assim como quem t...