Não me diga asneiras, não conte mentiras:
Não existe praia com gente morena,
Não existe aurora e nem sol que brilhe
E que se derrame sobre as paisagens.
Só há a procissão dos infortunados
Indagando suplicante ao infinito:
“Meu Deus, por quê?”
Só há a prostração dos arruinados,
Só há o semblante dos desolados,
Só há a eterna noite de inverno
Sobre os becos mudos e desertos;
E o ar que há é abafadiço
E incomoda e apoquenta;
E os sons que há são cantos tristes
Como o lamento dos cães uivantes.
1982
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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domingo, 30 de setembro de 2007
O SENTIMENTO SUBLIME
O sentimento sublime que trago em meu meu candente é como se tudo florasse, se a aurora fosse constante e a noite, tão linda de estrelas, ...
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Vem, mulher, pra mim, que eu te faço Uns versos tão mansinhos e cálidos, Que, mais do que musa, Vênus te sentirás. Vem pra mim por inte...
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Quero fazer um poema que seja só não-amor. Que não seja canto, mas silêncio; que não seja perdão, mas ódio calado, velado e mudo. Qu...
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Quero te fazer um poema co’a delicadeza de quem toca harpa, Co’a mansidão de quem dedilha violão. Quero versejar para ti assim como quem t...