A incerteza está morta, morta de verdade;
Eu bem sei que os pardais e as luzes da aurora
Anunciarão a sua chegada.
Você virá... Você virá...
Virá com a sua auréola cristiana
E os seus ornamentos de carnaval.
Virá num gozo frenético da carne
E me abrirá as portas do Céu.
Beberá cerveja, dará gargalhadas
Nas beiras das praias e nos botequins.
Virá batucando, contando anedotas,
Virá numa banda que sacudirá as almas.
Soltará foguetes, bombas de artifício,
Decretará dia para a vida inteira,
Andará de moto nas tardes de sol,
Terá gosto de manga, de mel, de anis.
1981