É tão bela a tarde,
Alvas são as nuvens.
Seu rosto mimoso
É divina imagem
Que transpõe meus olhos
E me adentra a alma
A fazê-la doce
Qual seus olhos lânguidos.
Também doce a brisa...
Seus cabelos negros,
Longos e de seda
São mansa magia
Me enredando inteiro
Em inquietantes,
Quentes emoções.
Tão azul o céu...
Branco o seu vestido,
Que, dançando ao vento
Sobre essa escultura
Do corpo moreno,
O meu corpo acende.
O seu jeito afável,
Seus lábios carnudos,
Seu batom carmim...
É tão clara a tarde
Com gosto de vida,
Odor de desejo,
Sonhos de pecado,
Cores de paixão
Tão bonita a tarde,
Tão tocante a tarde...
É você a tarde;
Ambas se confundem
E assim bem se fundem
Em uma só lira,
Que é de sol e brisa,
De alegre beleza,
De amor e querer.
1993
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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domingo, 30 de setembro de 2007
O SENTIMENTO SUBLIME
O sentimento sublime que trago em meu meu candente é como se tudo florasse, se a aurora fosse constante e a noite, tão linda de estrelas, ...
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Vem, mulher, pra mim, que eu te faço Uns versos tão mansinhos e cálidos, Que, mais do que musa, Vênus te sentirás. Vem pra mim por inte...
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Quero fazer um poema que seja só não-amor. Que não seja canto, mas silêncio; que não seja perdão, mas ódio calado, velado e mudo. Qu...
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Quero te fazer um poema co’a delicadeza de quem toca harpa, Co’a mansidão de quem dedilha violão. Quero versejar para ti assim como quem t...