Eu queria ter a fé de aço dos romeiros,
dos penitentes, dos evangélicos
mais visionários.
Eu queria crer no caráter dos políticos,
da gente pública,
dos dirigentes
e autoridades.
Eu queria crer nos discursos necrológicos
e na grandeza
de todo aquele
que já partiu.
Eu queria crer na mídia e seus sofistas,
nos seus “heróis”,
nos seus produtos
“miraculosos”.
Eu queria ter a paz dos ignaros,
a credulidade dos simplórios,
a alegria dos inocentes,
a esperança dos otimistas.
Eu queria crer no Homem e no Mundo.
Eu queria crer num amanhã feliz.
Eu queria ter os olhos puros fitando um mundo de cores alegres
e belas, suaves, repleto de música, repleto de amor.
Eu não queria sentir na alma
o gosto do fel
que há ao redor.
1992
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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domingo, 30 de setembro de 2007
O SENTIMENTO SUBLIME
O sentimento sublime que trago em meu meu candente é como se tudo florasse, se a aurora fosse constante e a noite, tão linda de estrelas, ...
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Vem, mulher, pra mim, que eu te faço Uns versos tão mansinhos e cálidos, Que, mais do que musa, Vênus te sentirás. Vem pra mim por inte...
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Quero fazer um poema que seja só não-amor. Que não seja canto, mas silêncio; que não seja perdão, mas ódio calado, velado e mudo. Qu...
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Quero te fazer um poema co’a delicadeza de quem toca harpa, Co’a mansidão de quem dedilha violão. Quero versejar para ti assim como quem t...