Eu quero cantar a vida em sua intrínseca dança.
Quero cantar as pessoas que passam em rumo ao trabalho ou que tão-somente andam
[ à toa, descompromissadamente por aí.
Eu quero cantar a viveza saltitante e solta dos sábados cariocas de verão.
Eu quero cantar por cantar os bares do Rio com sua animação colorida,
A atmosfera pagodeira do centro da cidade nas noites de sexta,
A descontração das crianças que correm nos parques,
A exultação dos cães na chegada dos donos...
Eu queria cantar a faceta alegre da realidade dos dias...
Mas o meu canto é cheio de mágoa, é pejado de ódio,
É triste como um silente crepúsculo de inverno...
O meu canto, furibundo, melancólico, ferido,
É só o que sai de minh’alma amarga, sombria, envelhecida.
1997
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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domingo, 9 de setembro de 2007
O SENTIMENTO SUBLIME
O sentimento sublime que trago em meu meu candente é como se tudo florasse, se a aurora fosse constante e a noite, tão linda de estrelas, ...
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Vem, mulher, pra mim, que eu te faço Uns versos tão mansinhos e cálidos, Que, mais do que musa, Vênus te sentirás. Vem pra mim por inte...
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Quero fazer um poema que seja só não-amor. Que não seja canto, mas silêncio; que não seja perdão, mas ódio calado, velado e mudo. Qu...
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Quero te fazer um poema co’a delicadeza de quem toca harpa, Co’a mansidão de quem dedilha violão. Quero versejar para ti assim como quem t...